sábado, 17 de fevereiro de 2018

Leiam os escritores muanenses, eles existem!

Algumas obras de autores muanenses

Um fato muito prazeroso de ser repassado é que Muaná tem uma produção literária significativa, pelo menos para início de conversa. Mesmo com as imensas dificuldades, temos pessoas que se arriscam a escrever e, quando escrevem, percebemos que elas mereciam muito mais apoio, pois se o tivessem, poderiam explorar muito proficuamente seus talentos.

São muitos os exemplos de exemplos de filhos da terra de Maria Amélia que enveredaram pela literatura, talvez o maior deles seja Adalcinda Camarão, poetiza que construiu sólida carreira no mundo das letras, tendo se tornado membro eterno da Academia Paraense de Letras. Temos também o professor José Maria Lima, que, mesmo sem sair de Muaná, foi premiado por alguns de seus livros, os quais apresentam uma leitura deliciosa, passeando pelo cotidiano e pela história do Marajó e de Muaná. Recentemente tivemos dois intelectuais muanenses que lançaram suas obras: Sebastião Tavares, sociólogo que lançou o livro de poemas “Meninos Canoeiros”, no qual nos são repassados em versos as nuances mais apaixonantes da nossa realidade amazônica; e também o historiador Luciano Pimentel, que lançou “O 28 de maio de 1823, Muaná a vanguarda da adesão: história e memórias”, no qual nos são contados os detalhes do evento mais importante da história de Muaná e que mais enche os muanenses de orgulho.

Destaca-se também o Pe. Jaime Barbosa Sidonio, que escreveu alguns livros de direção espiritual de grande profundidade, fruto de seu frutuoso ministério sacerdotal.  Padre Jaime era muanense e serviu à Arquidiocese de Belém.

Muitos outros muanenses também escreveram, infelizmente suas obras não chegam às mãos dos próprios muanenses. Falta principalmente apoio; ao ler as obras, percebemos que os autores são talentosos e que poderiam explorar muito mais seus dons, porém se vêem limitados por falta de apoio financeiro. Alguns até gastam seus próprios recursos para patrocinar suas obras, tamanha a escassez de apoiadores. Outro problema é o desprezo de parte da população, que não acredita na capacidade dos filhos da terra e por isso nem sequer faz a experiência de iniciar uma leitura.

Este texto é uma dica e ao mesmo tempo um apelo aos empresários, vereadores e pessoas de boa fé de Muaná , por favor, apoiem os escritores muanenses, não seria um favor, mas um investimento, o município só tem a ganhar. Um povo que ler, é um povo instruído e um povo com instrução transforma o lugar onde vive para melhor. Fica a dica.