Algumas obras de autores muanenses |
Um
fato muito prazeroso de ser repassado é que Muaná tem uma produção literária
significativa, pelo menos para início de conversa. Mesmo com as imensas
dificuldades, temos pessoas que se arriscam a escrever e, quando escrevem,
percebemos que elas mereciam muito mais apoio, pois se o tivessem, poderiam
explorar muito proficuamente seus talentos.
São
muitos os exemplos de exemplos de filhos da terra de Maria Amélia que
enveredaram pela literatura, talvez o maior deles seja Adalcinda Camarão,
poetiza que construiu sólida carreira no mundo das letras, tendo se tornado
membro eterno da Academia Paraense de Letras. Temos também o professor José
Maria Lima, que, mesmo sem sair de Muaná, foi premiado por alguns de seus
livros, os quais apresentam uma leitura deliciosa, passeando pelo cotidiano e
pela história do Marajó e de Muaná. Recentemente tivemos dois intelectuais
muanenses que lançaram suas obras: Sebastião Tavares, sociólogo que lançou o livro
de poemas “Meninos Canoeiros”, no qual nos são repassados em versos as nuances
mais apaixonantes da nossa realidade amazônica; e também o historiador Luciano
Pimentel, que lançou “O 28 de maio de 1823, Muaná a vanguarda da adesão:
história e memórias”, no qual nos são contados os detalhes do evento mais
importante da história de Muaná e que mais enche os muanenses de orgulho.
Destaca-se
também o Pe. Jaime Barbosa Sidonio, que escreveu alguns livros de direção
espiritual de grande profundidade, fruto de seu frutuoso ministério
sacerdotal. Padre Jaime era muanense e
serviu à Arquidiocese de Belém.
Muitos
outros muanenses também escreveram, infelizmente suas obras não chegam às mãos
dos próprios muanenses. Falta principalmente apoio; ao ler as obras, percebemos
que os autores são talentosos e que poderiam explorar muito mais seus dons,
porém se vêem limitados por falta de apoio financeiro. Alguns até gastam seus
próprios recursos para patrocinar suas obras, tamanha a escassez de apoiadores.
Outro problema é o desprezo de parte da população, que não acredita na
capacidade dos filhos da terra e por isso nem sequer faz a experiência de
iniciar uma leitura.
Este
texto é uma dica e ao mesmo tempo um apelo aos empresários, vereadores e
pessoas de boa fé de Muaná , por favor, apoiem os escritores muanenses, não
seria um favor, mas um investimento, o município só tem a ganhar. Um povo que
ler, é um povo instruído e um povo com instrução transforma o lugar onde vive
para melhor. Fica a dica.